Programa de Pós-Graduação em Teologia, Tema: Graus Verbais do Hebraico Bíblico: aspectos semânticos:
Parte I
Prof. Pr. José Ribeiro Neto, Mestre em Estudos Judaicos, USP
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Graus Verbais do Hebraico Bíblico – Parte I: aspectos semânticos
Introdução
O verbo hebraico apresenta certas modalidades que não se encontram nas línguas ocidentais e que enriquecem muito a sua significação. A essas modalidades ou condições dá-se o nome de graus. (KERR, 1979, p. 135)
Os graus verbais têm também o nome técnico de diátese verbal, que são as formas de relacionamento do sujeito com o verbo, embora o hebraico possua muito mais nuanças que não estão relacionadas à voz.
Os antigos gramáticos do hebraico chamaram esses modelos verbais de בּנינים binyanim ‘formativos’ (literalmente: ‘contruções’), e nas gramáticas mais antigas que traziam o hebraico e o latim en face, o termo latino conjugatio aparece defronte ao termo binyan hebraico. O termo “conjugação” para esses modelos ainda é usado. Contudo, há muito tempo que um certo receio vem sendo expresso a respeito desse termo, porque ele significa algo diferente de “formativo” nas gramáticas influenciadas pelo latim. Alguns eruditos modernos protestam contra esse uso por outro motivo, porque querem reservar “conjugação” para as formas verbais sufixadas e prefixadas. (WALTKE E O’CONNOR, 2006, p. 352)
Diversas gramáticas comparativas/históricas agrupam outros graus, exceto o Qal, como “graus derivados” (cf. o termo básico Kabed ‘pesado’); o termo pode ser enganoso se for empregado para encobrir a relação do Qal com o sistema como um todo. Outros eruditos chamam binyanim de “paradigmas verbais”, “modificações”, “temas” ou “estirpes” (do latim, stirps ‘talo, cepo’). Atualmente usamos o termo comum “graus verbais”, muito embora ele também corra o risco de ser enganoso. (WALTKE E O’CONNOR, 2006, p. 352)
Chamamos de derivações ou graus as várias nuanças semânticas do verbo hebraico que são formadas a partir de uma raiz básica, a qual são acrescentados afixos (prefixos e infixos), para atribuir sentidos de passividade, intensidade, causatividade, reciprocidade, reflexividade, dentre outras diversas nuaças semânticas.
Essas derivações têm o termo técnico em hebraico de בִּנְיָן (binyân) ou, na escrita plena בניין (binyyân), que significa edifício, construção, remetendo às derivações do verbo hebraico, construídas a partir de uma raiz comum.
Para sistematização do sistema de derivações dos verbos do hebraico, antigos gramáticos medievais utilizaram-se do verbo pā‘al (פָּעַל), raiz que significa fazer, operar, realizar.
Os gramáticos medievais emprestaram o termo do árabeفعل (fa‘ala) fazer, funcionar, agir, no siríaco temos ܦܥܠܐ (pā‘alā), trabalhador
A palavra também aparece na Bíblia Hebraica com o significado de fazer, conforme lemos em:
כֹּ֤ל פָּעַ֣ל יְ֭הוָה לַֽמַּעֲנֵ֑הוּ וְגַם־רָ֜שָׁ֗ע לְי֣וֹם רָעָֽה׃
Tudo fez YHWH para os propósitos dele e também o ímpio para o dia da maldade (Pv 16.4).
São sete os בִּנְיָנִים (binyânîm), formações, construções ou derivações do verbo hebraico:
פָּעַל (קַל) – pā‘al ou qal – em geral, ativo simples, o sujeito executa a ação simples do verbo.
נִפְעַל – nif‘al – em geral, passivo simples, o sujeito sofre a ação simples do verbo.
פִּעֵל – pi‘êl – em geral, ativo intensivo, o sujeito executa a ação do verbo de forma intensiva.
פֻּעַל – pu‘al – em geral, passivo intensivo, o sujeito sofre a ação do verbo de forma intensiva.
הִתְפַּעֵל – hitpa‘êl – em geral, reflexivo ou recíproco, o sujeito executa e sofre a ação do verbo ao mesmo tempo.
הִפְעִיל – hif‘îl – em geral, ativo causativo, o sujeito causa a ação do verbo.
הֻפְעַל – huf‘al – em geral, passivo causativo, o sujeito sofre a causa da ação do verbo.
Têm também o nome de aumentos (MURAOKA, 2005), graus verbais (WALTKE; O’CONNOR, 2006; KERR, 1979) ou diátese verbal (EDZARD, 2012 in: The Semitic Languages: an international handbook, p. 499).
Como verbo paradigma das derivações é usado o aramaico qātal (קָטַל), esse verbo é usado como modelo de conjungação nas gramáticas clássicas do hebraico bíblico. קָטַל (ele matou) é o verbo modelo no grau Qal, נִקְטַל (ele foi morto) é o mesmo verbo no grau Nifal, קִטֵּל (ele matou intensamente) é o grau Piel, קֻטַּל no Pual (ele foi morto intensamente), הִתְקַטֵּל (ele matou-se), no Hitpael, הִקְטִיל (ele fez matar) no Hifil e הָקְטַל (ele sofreu a morte causada) no Hofal.
O babilônico tem qatālum, matar um sacrifício animal, o árabe temقَتَلَ qatala, matar, o Ge‘ez tem ቀተለ: qatala , no siríaco temos ܩܛܠ qṭal .
Essas definições são os sentidos elementares de cada derivação, contudo, devido a outros fatores envolvidos nos elementos discursivos das línguas semíticas, um determinado modo de ação da derivação pode mudar de acordo com o sentido do verbo em questão.
TABELA COMPARATIVA DO SISTEMA DE GRAUS VERBAIS NAS LÍNGUAS SEMÍTICAS
Ativo | Passivo/Reflexiva | |||||
Tipo de Ação | Hebraico | Aramaico | Linguística Semítica | Hebraico | Aramaico | Linguística Semítica |
Ação Simples | פָּעַל ou קַל | פְּעַל Pe‘al | G | נִפְעַל | פְּעִל Pe‘il | G passivo |
N (em aramaico não há Nifal) | ||||||
Ação Intensiva | פִּעֵל | פַּעֵל Paʕel | D | פֻּעַל | פֻּעַל Puʕal | D passivo |
Ação Causativa | הִפְעִיל | הַפְעֵל Hafʕel | H | הָפְעַל | הָפְעַל Hofʕal | H passivo |
Ação Reflexiva | הִתְפַּעֵל | הִתְפְּעֵל Hitpeʕel | Gt | |||
הִתְפְּעַל Hitpaʕel | Dt | |||||
הִתַפְּעֵל Hitafʕel (não há em aramaico | Ht |
A palavra hebraica qal (קַל) ágil, leve, rápido, da raiz qll (קלל) que significa ser leve, é utilizada para se referir ao aspecto do verbo hebraico em que não há nenhum significado adicional, ou seja, o verbo em seu aspecto básico. Como também foi visto na Tabela 1 acima, é chamado de grau G (Grundstamm).
O Qal se assemelha ao modo indicativo do português, uma ação simples ativa, sem nenhuma nuança especial de causatividade ou intensidade. É a forma mais utilizada na Bíblia Hebraica, correspondendo a 68,8% do uso verbal, 48.180 vezes (WALTKE; O’CONNOR, 2006, p. 361).
No aramaico temos a mesma forma e no acadiano temos qalālu , um exemplo do uso do termo qal na Bíblia Hebraica está em Is 30.16:
וַתֹּ֙אמְר֥וּ לֹא־כִ֛י עַל־ס֥וּס נָנ֖וּס עַל־כֵּ֣ן תְּנוּס֑וּן וְעַל־קַ֣ל נִרְכָּ֔ב עַל־כֵּ֖ן יִקַּ֥לּוּ רֹדְפֵיכֶֽם׃
E vós direis: não, pois sobre um cavalo cavalgaremos, por isso vós escapareis, sobre a leveza montaremos, por isso serão ligeiros os vossos perseguidores.
As gramáticas do hebraico bíblico preferem o termo qal, enquanto que as gramáticas do hebraico moderno preferem o termo pā‘al, para se adequar às outras formas, utilizaremos o termo pā‘al ao invés de qal.
O problema em definir o Qal como uma forma ativa do verbo hebraico pode causar interferência semântica estranha ao sistema verbal semítico, já que o termo ativo diz respeito ao sistema de entendimento verbal das línguas indo-européias relacionado à voz verbal, o que não corresponde exatamente à forma de pensamento das línguas semíticas. Uma vez que o Qal pode ter outros sentidos que não se assemelham à voz passiva do português a melhor maneira de entendê-lo é verificar os usos desse grau na Bíblia Hebraica.
Há dois principais variações do uso do Qal na Bíblia Hebraica, o primeiro, diz respeito ao uso do Qal com verbos ativos ou fientivos e o uso com verbos estativos. Para evitar a confusão do termo ativo com o sentido de voz, Waltke e O’Connor (2006, p. 363) diz preferir usar o termo fientivo, esse é o termo que adotaremos aqui também.
Fientivo = Verbo que descreve um movimento ou mudança de estado (WALTKE; O’CONNOR, 2006, p. 691a)
Outras terminologias são usadas tais como: voluntários (freiwilling) e involuntários (unfreiwilling), ativos (aktiv) e neutros (neutrisch). No português existe o termo diátese verbal , um termo relacionado à a relação do sujeito como “agente, paciente ou apenas envolvido no processo”
1.1 VERBOS FIENTIVOS (ATIVOS) NO QAL
De acordo com Jüon e Muraoka (2006, p. 115-116):
Os verbos ativos da forma qatal são *qatal> קָטַל , קָטָ֑ל , por exemplo נָתַן dar , יָשַׁב assentar-se, אָכַל comer. No futuro a segunda vogal é geralmente *u > ׂ em verbos fortes. A vogal *i > ֵ é encontrada em יִתֵּן (§ 72 i) , no tipo יֶשֶׁב (§75 c), no tipo יֺאכֵ֑ל (aqui por dissimilação, cf. § 73 c), cf. Como a primeira vogal (a vogal do performativo), cf. §e.
Verbos ativos expressam uma ação transitiva ou intransitiva. Alguns verbos podem também expressar uma ação reflexiva, por exemplo: רָחַץ lavar e lavar-se, tomar um banho (da mesma forma o latim tem lavare), סוּךְ derramar, ungir e ungir-se, מָשַח ungir e ungir-se (Am 6.6); טָבַל mergular e mergulhar-se. Em certos casos o sentido reflexivo parece derivar de elipse, por exemplo חָפַךְ transformar e transformar-se (Jz 20.39, etc.), סָעַד sustentar e sustentar-se (I Re 13.7†, ou seja, para manter o coração לֵב).
O aspecto, nas línguas semíticas, não é somente uma questão de interpretação dos sentidos verbais, ele está presente nas mudanças morfológicas das próprias raízes verbais, de modo que são perceptíveis por meio da análise dessas modificações, quer sejam consonantais, quer sejam vocálicas. Também é possível perceber tais alterações no estudo comparativo com outras línguas semíticas.
1.2 VERBOS ESTATIVOS NO QAL
Os verbos estativos, ao invés de denotarem uma ação de um sujeito, denotam o estado do sujeito, são mais apropriadamente traduzidos utilizando-se perífrases com adjetivos, seguem, geralmente, uma construção vocálica, no completo, em: ā – ē ou ā – ō, outros em ā – ǎ que de acordo com Lambdin (2003, p. 127):
“… pertencem a esta categoria por causa de seu significado e que, a julgar por outras formas que exibem na flexão, originalmente pertenceram também à categoria dos verbos estativos; todavia, com o passar do tempo foram assimilados ao tipo dominante em a– no perfeito porque seu significado mudou de um verbo puramente estativo para um que descreve ação…”
1.2.1 Atributivos (verbos relacionados com adjetivos)[1]
טוֹב ser bom
רַע ser mau
גָּדַל ser grande
קָטֺן ser pequeno
גָבַהּ ser elevado, ser alto
שָׁפֵל ser humilde, tornar-se baixo
חָזַק ser forte
דַּל ser fraco (raiz דלל)
כָּבֵד ser pesado
קַל (raizקלל )
רָחַק estar longe
קָרֵב estar perto
נָגֵש aproximar-se
דָּבַק agarrar-se, colar em, juntar-se
טָהֵר ser limpo, ser puro
טָמֵא ser impuro
מָלֵא ser cheio
1.2.2 Estados Mentais
אָהֵב amar
חָפֵץ amar, desejar
שָֹנֵא odiar
יָרֵא temer
יָגֹר recear
חָרַד tremer
פָחַד temer, tremer
שָׁכַח esquecer
1.2.3 Estados Físicos
לָבָש estar vestido
שָֹבַע estar saciado
רָעֵב estar com fome
צָמֵא estar com sede
יָשֵן dormir
שָכַב estar deitado
שָכֺל estar privado de seus filhos
1.2.4 Sentidos Diversos
יָכֺל ser capaz de
לָמֵד se acostumar, aprender
מֵת morrer
שָאַל chamar
שָכַן habitar
שָמַע entender, escutar
QAL PASSIVO
Uma antiga forma de Qal passivo é atestado nas línguas semíticas e é inferida no texto da Bíblia Hebraica por meio da análise da ocorrência de alguns desses verbos. Essas formas foram consideradas pelos massoretas como formas do Pual e do Hofal, mas que segundo Lambdin (2003, p. 302) “devem ser vistas como sobreviventes de um antigo passivo do Qal.”
PERFEITO[2] | IMPERFEITO | TRADUÇÃO |
לֻקַּח | יֻקַּח | ser tomado |
יֻלַּד | —- | ser gerado |
—– | יֻתַּן | ser dado |
De acordo com Lambdin (2006, p. 302):
Também se encontram formas participiais isoladas: אֻכַּל (comido, consumido), יִלּוֹד (nascido)”.
Estes verbos não são verdadeiros tipos Pual ou Hofal pelas razões seguintes: (1) ausência de um verbo ativo em Piel ou em Hifil correspondente com significado apropriado, (2) ausência do מ- preformativo nas poucas formas principais que restam, (3) assimilação irregular do לem קח , característica especial que somente se encontra no Qal, e (4) assimetria de um perfeito Pual e um imperfeito Hofal.
É muito provável que vários outros verbos Pual e Hofal possam incluir-se aqui, mas seria precário classifica-los somente com base no significado.
De acordo com Edzard (in: WENINGER. Semitic languages: an international handbook, 2012, p. 500-501):
As sete principais diáteses podem ser explicadas em um sistema de oposição (cf. D. Edzard 1965 para a metodologia envolvida). Neste contexto, uma nomenclatura Semiticista é prática, i.e. ‘G’ para på̅ʕal, ‘N’ para nip̄ʕal , ‘D’ para piʕēl, Dpass para puʕal, ‘Dt’ para hiṯpaʕēl , ‘H’ para hip̄ʕīl e ‘Hpass’ para håp̄ʕal.[3]
N usualmente denota uma relação reflexiva ou passiva de G, por exemplo[4]:
G (Qal) | N (Nifal) |
וַיִּבְקַע אֱלֹהִים אֶת־הַמַּכְתֵּשׁ | נִבְקְעוּ כָּל־מַעְיְנֹת תְּהֹום רַבָּה |
E fendeu (G) Deus a cavidade Jz 15.19 | Foram arrebentadas (N) todas as fontes do grande abismo Gn 7.11 |
G (Qal)[5] | D (Piel) | |
חָלִיתִי הַיֹּום שְׁלֹשָׁה׃ | אֲשֶׁר־חִלָּה יְהוָה בָּהּ׃ | |
Eu adoeci (Qal) há três dias. (I Sm 30.13 | (a doença) com que afligirá (Piel) YHWH a terá afligido (a terra) Dt 29.21 (22 no Hebraico) | |
D (Piel)[6] | Dpass (Pual) | |
אֲשֶׁר־חִלָּה יְהוָה בָּהּ׃ | גַּם־אַתָּה חֻלֵּיתָ כָמֹונוּ | |
(a doença) com que afligirá (Piel) YHWH a terá afligido (a terra) Dt 29.21 (22 no Hebraico) | Também tu tens sido feito doente como nós Is 14.10 | |
D (Piel)[7] | Dt (Hitpael) |
וְנִקַּמְתִּי דְּמֵי עֲבָדַי הַנְּבִיאִים | תִתְנַקֵּם נַפְשִׁי׃ לֹא |
Eu me vingarei do sangue dos meus servos, os profetas II Re 9.7 | Acaso não deveria se vingar a minha alma Jr 5.9 |
G (Qal)[8] | H (Hifil) |
אָרְכוּ־לֹו שָׁם הַיָּמִים | הַאֲרִיכִי מֵיתָרַיִךְ |
prolongaram-se para ele ali os dias Gn 26.8 | Prolonge os teus cordões Is 54.2 |
D (Piel)[9] | H (Hifil) |
וַתְּאַבֵּד אֶת־כָּל־זֶרַע הַמַּמְלָכָה | וְהַאֲבַדְתִּי אֶת־הַנֶּפֶשׁ הַהִוא |
e destruiu toda a semente real II Cr 22.10 | E eu causarei a destruição daquela alma Lv 23.30 |
H (Hifil)[10] | Hpass (Hofal) |
וַיֹּולֶד בָּנִים וּבָנֹות׃ | וַיְהִי בַּיֹּום הַשְּׁלִישִׁי יֹומ* הֻלֶּדֶת אֶת־פַּרְעֹה |
E ele gerou (causou o ser nascido) filhos e filhas Gn 5.4 | E este era o dia terceiro, o dia do nascimento de Faraó (no dia em que Faraó tinha sido causado o nascer) Gn 40.20 |
TABELAS DE TRANSLITERAÇÃO
ALFABETO ÁRABE
Final | Medial | Inicial | Isolada | Transliteração |
ـا | ـا | ا | ا | ’ |
ـب | ـبـ | بـ | ب | b |
ـت | ـتـ | تـ | ت | t |
ـث | ـثـ | ثـ | ث | t |
ـج | ـجـ | جـ | ج | j |
ـح | ـحـ | حـ | ح | ḥ |
ـخ | ـخـ | خـ | خ | ḫ |
ـد | ـد | د | د | d |
ـذ | ـذ | ذ | ذ | d |
ـر | ـر | ر | ر | r |
ـز | ـز | ز | ز | z |
ـس | ـسـ | سـ | س | s |
ـش | ـشـ | شـ | ش | š |
ـص | ـصـ | صـ | ص | ṣ |
ـض | ـضـ | ضـ | ض | ḍ |
ـط | ـطـ | طـ | ط | ṭ |
ـظ | ـظـ | ظـ | ظ | ẓ |
ـع | ـعـ | عـ | ع | ‘ |
ـغ | ـغـ | غـ | غ | ḡ |
ـف | ـفـ | فـ | ف | f |
ـق | ـقـ | قـ | ق | q |
ـك | ـكـ | كـ | ك | k |
ـل | ـلـ | لـ | ل | l |
ـم | ـمـ | مـ | م | m |
ـن | ـنـ | نـ | ن | n |
ـه | ـهـ | هـ | ه | h |
ـو | ـو | و | و | w |
ـي | ـيـ | يـ | ي | y |
SILABÁRIO GEEZ
Nome | ă | ū | ī | ā | ē | ĕ | ō | Transliteração | Correspondente Semítico | ||
árabe | hebraico | ||||||||||
1 | hōi | ሀ | ሁ | ሂ | ሃ | ሄ | ህ | ሆ | h | ه | ה |
2 | lawe | ለ | ሉ | ሊ | ላ | ሌ | ል | ሎ | l | ل | ל |
3 | ḥaut | ሐ | ሑ | ሒ | ሓ | ሔ | ሕ | ሖ | ḥ | ح | ח |
4 | māi | መ | ሙ | ሚ | ማ | ሜ | ም | ሞ | m | م | מ |
5 | šaut | ሠ | ሡ | ሢ | ሣ | ሤ | ሥ | ሦ | š | ش س | שׂ שׁ |
6 | reʔes | ረ | ሩ | ሪ | ራ | ሬ | ር | ሮ | r | ر | ר |
7 | sāt | ሰ | ሱ | ሲ | ሳ | ሴ | ስ | ሶ | s | س ث | ס |
8 | qaf | ቀ | ቁ | ቂ | ቃ | ቄ | ቅ | ቆ | q | ق | ק |
9 | bēt | በ | ቡ | ቢ | ባ | ቤ | ብ | ቦ | b | ب | בּ |
10 | tawe | ተ | ቱ | ቲ | ታ | ቴ | ት | ቶ | t | ت | תּ |
11 | ḥarm | ኀ | ኁ | ኂ | ኃ | ኀ | ኅ | ኆ | ḫ | خ | |
12 | nahās | ነ | ኑ | ኒ | ና | ኔ | ን | ኖ | n | ن | נ |
13 | ʔalf | አ | ኡ | ኢ | ኣ | ኤ | እ | ኦ | ʔ | א | |
14 | kāf | ከ | ኩ | ኪ | ካ | ኬ | ክ | ኮ | k | ك | כּ |
15 | wāwī | ወ | ዉ | ዊ | ዋ | ዌ | ው | ዎ | w | و | ו |
16 | ʕain | ዐ | ዑ | ዒ | ዓ | ዔ | ዕ | ዖ | ʕ | ع | ע |
17 | zai | ዘ | ዙ | ዚ | ዛ | ዜ | ዝ | ዞ | z | ز | ז |
18 | yaman | የ | ዩ | ዪ | ያ | ዬ | ይ | ዮ | y | ي | י |
19 | dant | ደ | ዱ | ዲ | ዳ | ዴ | ድ | ዶ | d | د | דּ |
20 | gaml | ገ | ጉ | ጊ | ጋ | ጌ | ግ | ጎ | g | ج | גּ |
21 | tait | ጠ | ጡ | ጢ | ጣ | ጤ | ጥ | ጦ | ṭ | ط | |
22 | p̣ait | ጰ | ጱ | ጲ | ጳ | ጴ | ጵ | ጶ | p̣ | פּ enfático | |
23 | ṣadai | ጸ | ጹ | ጺ | ጻ | ጼ | ጽ | ጾ | ṣ | ص | צ |
24 | ḍappa | ፀ | ፁ | ፂ | ፃ | ፄ | ፅ | ፆ | ḍ | ض | |
25 | af | ፈ | ፉ | ፊ | ፋ | ፌ | ፍ | ፎ | f | ف | פ |
26 | pa | ፐ | ፑ | ፒ | ፓ | ፔ | ፕ | ፖ | p | ps levemente assibilado |
BIBLIOGRAFIA
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WENINGER, Stefan. Semitic languages: an international handbook. in collaboration with Geoffrey Khan, Michael P. Streck, Janet C. E.Watson. Berlin/Boston: Walter de Gruyter GmbH & Co. KG, 2012.
[1] Esta divisão de sentidos dos verbos estativos e a lista de verbos é dada por Jüon e Muraoka (2006, p. 118-120), a adaptação foi feita por mim.
[2] Tabela extraída de Lambdin (2006, p. 302), adaptada por mim
[3] Transliteração adaptada de acordo com o IPA.
[4] Os exemplos são de Edzard (in: WENINGER. Semitic languages: an international handbook, 2012, p. 500-501, adaptados por mim).
[5] Os exemplos são de Waltke (2006, p. 401) adaptados por mim
[6] Os exemplos abaixo são de Edzard (in: WENINGER. Semitic languages: an international handbook, 2012, p. 500-501, adaptados por mim).
[7] Os exemplos aqui são de Edzard (in: WENINGER. Semitic languages: an international handbook, 2012, p. 500-501, adaptados por mim).
[8] Os exemplos aqui são de Edzard (in: WENINGER. Semitic languages: an international handbook, 2012, p. 500-501, adaptados por mim).
[9] Os exemplos aqui são de Edzard (in: WENINGER. Semitic languages: an international handbook, 2012, p. 500-501, adaptados por mim)
[10] Os exemplos aqui são de Edzard (in: WENINGER. Semitic languages: an international handbook, 2012, p. 500-501, adaptados por mim)
[11] Adotamos aqui uma transliteração simplificada de acordo com a chamada pronúncia erasmiana.
[12] Estamos utilizando uma transliteração simplificada de acordo com a pronúncia sefaradi
[13] o shevá inaudível não será transcrito.
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